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sábado, 5 de dezembro de 2009

CARTA DE DESPEDIDA

NOVOS TEMPOS E A MESMA FAMÍLIA

Lembro-me quando entrei pela primeira vez na Comunidade Ágape. O templo, que até então era uma garagem de caminhão, ainda exalava o cheiro de óleo presente no solo. Tudo era muito rústico e informal, e apesar de toda essa simplicidade eu tinha a certeza que havia encontrado o melhor lugar do mundo para se estar. O Amor que encontrei aqui havia me conquistado, e desde então a Comunidade Ágape foi o maior cenário da minha vida.
Aqui tive muitas alegrias e tristezas, vivi tempos de paz e de guerra, horas maravilhosas onde a voz de Deus parecia sussurrar bem leve em meus ouvidos e horas em que o céu parecia ter se tornado em bronze. Vi muita gente passar pela cerquinha branca e freqüentar os cultos que aqui aconteceram. Muitos chegaram e ficaram por aqui, outros vieram e saíram, mas a mensagem do Evangelho nunca parou de ecoar desse palco de madeira.
Foi aqui nessa Igreja que conheci meus melhores amigos, gente muito boa de Deus que estão marcados no meu coração e muito alegram o meu viver. Aqui aprendi a tocar, cantar e compor músicas que nasceram no coração de Deus e se transformaram na trilha sonora da minha existência.
Joguei muita bola nesses gramados, dei muita risada com muita gente, extrapolei nas piadas, chorei com as alegrias e com as tristezas. Durante todo esse tempo foram muitas as vezes que derramei minha alma diante de Deus oferecendo a Ele todo o meu viver. Entre muitos erros e acertos, aqui foi onde mais ouvi a voz daquele que hoje me chama para um novo tempo.
A partir do próximo ano se encerra esse kairós que começou quando pisei pela primeira vez nesse gramado. Nesse novo tempo em Curitiba quero dar continuidade a tudo que aprendi e vivi aqui. O lugar físico é diferente, mas vou continuar trabalhando para o mesmo Rei, e para que o seu Reino alcance o coração daqueles que ainda não tiveram um encontro com esse Amor que transformou vários pecadores e uma oficina de caminhão em uma Comunidade de Santos.
Sou muito grato a Deus por ter vivido aqui todo esse tempo e por cada pessoa que de alguma forma fez parte do que eu sou hoje.
Quando cheguei achava que nunca mais sairia daqui, mas hoje o que vejo é que depois de tudo o que passou, aprendi a amar de verdade a Comunidade Ágape, e mesmo que o Senhor me leve para bem longe, esse Amor vai continuar cravado em meu coração.
Sei que quando for embora, um pouco de mim ficará entre vocês. Mas melhor ainda é saber que quando estiver em Curitiba muito da Comunidade Ágape estará comigo e sempre serei uma extensão da nossa família.
Valeu Família Ágape. Toda Honra e toda Glória sejam dadas ao Senhor.

João Haroldo B. Bertrand

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

JOÃO BELARMINO DA SILVA


Há um ano atrás meu avô partia do nosso meio para encontrar com Jesus no Reino dos Céus... Ficamos com saudade, mas também com a certeza de que logo estaremos todos juntos diante do Rei dos reis...



Lá está o meu tesouro

Lá, onde não há choro

Onde todos

Cantaremos juntos

Hinos de louvor

ao Senhor



"Valeu Vô... Logo estaremos apostando corrida em ruas de ouro..."

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Música para a Carol

Na última sexta-feira foi a festa de 15 anos da minha prima... Eu e a Poli fizemos uma músiquinha para ela... Vai aí a letra para vocês... Parabéns Neguinha, Deus te abençoe cada dia mais!!!


O tempo passou
E as brincadeiras de criança já não cabem no armário.
Os sapatos cresceram,
E as pinturas pelo corpo dão adeus a infância.

Um novo mundo de incertezas se levanta,
E os sentimentos explodem no coração.
Responsabilidades, sede do irreal,
E a impressão de que o mundo não será o bastante.

E o tempo passou
E a voz dos nossos pais já não soam com razão.
As bonecas se foram,
E o espelhos denúncia que já não há mais criança

E o meu mundo antes rosa e real,
Se transformou todo em virtual.
MSN, Orkut e Twitter,
E a impressão de que tudo não será o bastante

As portas do mundo se abrem,
nascem sonhos e oportunidades.
Faça tudo o que sonhar,
Siga o seu coração,
Mas não se esqueça do Senhor,
O seu Criador.

O tempo passou...

João e Poli

quarta-feira, 15 de julho de 2009

UNIÃO HOMOAFETIVA

Talvez eu surpreenda muita gente ao declarar que sou a favor de leis que regulamentem a união entre os homossexuais.
Continuo acreditando que esse tipo de relação é contrário a natureza do homem e longe daquilo que Deus planejou para a humanidade: “Criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou”. Mas a realidade é que, com lei ou sem lei, a união homoafetiva acontece cada vez mais em nossa sociedade, e os problemas decorrentes dessa união batem frequentemente às portas do Judiciário.
Não consigo imaginar Jesus indo às ruas, protestando contra a elaboração de leis que concedam direitos aos homossexuais, lutando para que eles sejam extintos da sociedade. Muito pelo contrário, penso que Jesus sentaria com essa gente, comeria com eles, ofereceria a Água da Vida, apresentaria um Amor tão grande, capaz de transformar corações que negariam a si mesmos e seguiriam o Mestre.
Será que não percebemos que enquanto lutamos contra esse povo, criamos uma barreira que os afasta cada vez mais da Verdade? Quando será que vamos entender que nossa luta não é contra carne ou sangue? É tão difícil compreendermos que a nossa maior arma é o Amor, e que esse mesmo Amor encobre multidões de pecados? Experimentamos desse Amor diariamente, mas não conseguimos transmiti-lo. Nunca, ninguém jamais o mereceu, mas de graça recebemos e devemos também de graça dar.
Um dia, alguns fariseus quiseram colocar Jesus à prova perguntando se era certo ou não pagar imposto a César. Talvez a resposta que os judeus quisessem ouvir fosse que não devessem mais pagar impostos, uma vez que eram por demais explorados pelos romanos, e se Jesus era realmente o libertador de Israel, que começasse a libertá-los dos impostos também. Mas Jesus decidiu não se ater com a questão, dando a simples resposta: “Dêem a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”.
Precisamos entender que Jesus não veio para uma revolução social ou para se tornar um líder político da época. Jesus veio para implantar seu Reino de Amor nos corações das pessoas, e para mostrar para elas que o acesso ao Pai seria possível de novo através de sua morte e ressurreição. Jesus nunca condenou ninguém, Ele apenas amou quem passava pelo seu caminho.
Talvez seja a hora dos evangélicos mudarem de lado. Chega de lutar contra a criação de leis que regulem a união homoafetiva, chega de lutar contra a legalização do aborto, ou contra as mazelas do nosso governo corrupto. Não precisamos protestar, não precisamos marchar para Jesus. Enquanto lutamos, os homossexuais continuam se casando, mulheres continuam fazendo aborto, pais continuam se voltando contra seus filhos, e filhos se voltando contra seus pais.
Está na hora de voltarmos ao primeiro Amor. Precisamos alcançar essas pessoas e amá-las de tal forma que haja transformação de vida. Pessoas transformadas pelo Espírito de Deus não se casam contra sua natureza, não fazem aborto, não se envolvem em corrupção. Pessoas transformadas têm um coração convertido a Deus e ao próximo.
Essa é a revolução que Deus espera de nós: a implantação do seu Reino através do Amor. Um Amor que converterá o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos a seus pais. Uma revolução que ocorrerá de dentro para fora, das famílias para a sociedade, de cada indivíduo até os confins da Terra. Quem sabe assim, a maldade do ser humano comece a dar lugar à bondade de Deus, e então, tudo volte a ser como era antes da nossa queda.
Mas por enquanto, vamos nos arrepender, pois o Reino de Deus está próximo.
É o que eu penso...
João Haroldo Bertrand

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Noivado...

Ver o cuidado de DEUS e maneira como ELE pensa naquilo que é melhor pros seus filhos, traz paz ao coração, traz a certeza que podemos descansar Nele, confiar no seu Poder e em seu amor.

Nós sabemos que amor não é um sentimento, amor é uma ação.
Como sabemos que DEUS nos ama?
Além da maior prova que foi ter enviado JESUS por AMOR a nós,
ELE nos proporciona momentos felizes sempre, seus feitos demonstram que ELE nos ama!

Assim como um Pai se alegra com as conquistas de seu filho, quanto mais o nosso Pai celestial, que se preocupa até com passarinhos como diz a Palavra, acha que ELE não se preocupa conosco? Somos amados por ELE, e ELE nos prova isso, sempre.

Dia 11 de junho de 2009, experimentei desse amor do SENHOR, de uma forma linda em minha vida.
Foi nosso noivado. Momento lindo, apenas o começo da nossa vida...

Obrigada SENHOR, eu vou cuidar bem do presente que o SENHOR me deu, hhhehh..



Amor:

Obrigada pelo amor, amizade, respeito, lágrimas, orações, conselhos, apoio, sonhos, abraços, viagens, risadas, beijos, conforto, canções, segurança, mãos dadas, carinho...e tantas outras coisas.

Com certeza, eu não era bem eu antes de encontrar você.


Te amo pra sempre, sua agora noiva,


Poliana Devidé.

domingo, 29 de março de 2009

CARTA DE UM JOVEM PASTOR DO ZIMBÁBUE

Diante de tanta correria com o trabalho, igreja, família, monografia, último ano de faculdade, e o meu casamento que espero concretizar no começo do ano que vem, não tenho tido muito tempo para postar textos neste blog...
Assim, resolvi colocar uma carta encontrada no escritório de um jovem pastor do Zimbábue, na África, depois de seu martírio pela fé em Cristo. Cito essa carta textualmente:

Sou parte da fraternidade dos que não se envergonham. Tenho o poder do Espírito Santo. A sorte foi lançada. Ultrapassei a linha. A decisão foi tomada - sou discípulo dele. Não olharei para trás, não darei trégua, não diminuirei o ritmo, não retrocederei e não ficarei parado. Meu passado está redimido, meu presente faz sentido, meu futuro está assegurado. Não aguento mais vida medíocre, andar pela visão, joelhos macios, sonhos sem cor, visões amansadas, conversa mundana, doação barata e alvos minimizados.
Não mais preciso de proeminência, prosperidade, posição, promoções, aplausos ou popularidade. Não tenho de estar certo, ser o primeiro, o maioral, o reconhecido, louvado, querido ou premiado. Vivo agora pela fé, reclino-me em sua presença, ando por paciência, sou elevado pela oração e obro com poder.
Meu rosto está decidido, minha marcha é acelerada, meu alvo é o céu, meu caminho é estreito, minha estrada acidentada, meus companheiros poucos, meu Guia confiável, minha missão clara. Não posso ser comprado, dissuadido, desviado, seduzido, mudado de rumo, iludido ou atrasado. Não recuarei diante do sacrifício, não hesitarei na presença do inimigo, não me entregarei aos valores da popularidade e não perambularei no labirinto da mediocridade.
Não desistirei, não me calarei e não darei trégua até que tenha, à última medida, permanecido, acumulado, orado, pagado à vista e pregado pela causa de Cristo. Sou discípulo de Jesus. Devo ir em frente até que ele venha, doar-me até esgotar-me as forças, pregar tudo que sei, e trabalhar até que ele me detenha. E, quando Ele vier por si mesmo, não terá problema em me reconhecer [...] minha bandeira estará clara”.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

POBRES ATEUS

"Disseram-me que o ateísmo está crescendo.
Fiquei a pensar... Quem quer o mundo oco e solitário dos ateus?
Não eu!
Eu quero o mundo povoado dos cristãos, dos judeus, dos muçulmanos, dos animistas...
Quero um mundo onde a gente não esteja só.
Um mundo com anjos de pé e caídos.
De entidades, de elfos, de mística, de mágica, de mistérios...
Quero o mundo onde os tambores invoquem.
Onde a multidão de línguas estranhas dos pentecostais façam os seres da escuridão retroceder.
Quero o mundo que produziu Beethoven que, surdo, dizia ouvir a música que Deus queria escutar, a quem aplaudiu na nona.
Que produziu Shakespeare, que disse que havia mais entre o céu e a terra, do que supõe a nossa vã filosofia, e que valia morrer por amor.
Que desafiou Mozart a zombar de Deus enquanto, qual o profeta Balaão, só conseguia emitir os sons que boca de Deus entoa!
Quero o encanto catártico de Haendell gritando ALELUIA! de forma arrebatadora!
A beleza de Bach nos fazendo ver a paz da Família Eterna.
Quero mundo das lindas e majestosas catedrais e dos pregadores das praças, das esquinas, dos caminhos...
Da riqueza sonora profunda dos cantos gregorianos e dos vociferantes pregadores: convocando os homens a mudar e o Espírito Santo a se levantar contra o mal.
Quero o mundo que faça um ser humano, diante a pior das borrascas, ver o seu salvador andando sobre o mar, anunciando a possibilidade.
Aquele em que o guerreiro, diante da incerteza, se ajoelha perante o Eterno e se levanta com um brilho nos olhos, certo de que tem uma missão, um motivo para brandir a espada, porque se há de correr o sangue humano, tem de haver uma razão, que dando significado a vida o faça não temer a morte.
Um mundo de poetas e romancistas, que fazem a morte gerar vida, que contam histórias porque, em meio ao mais insano, há algo para contar, e se há o que contar, então significa; e se há como contar, então há um significante anterior, de modo que, por mais que cada leitor possa, de alguma maneira, reinventar, ninguém consegue negar que leu e, se leu, podia ser lido.
Quero a fé que faz uma menina entrar numa das melhores faculdades do país, sonhando que, um dia, tudo o que sabe ajudará um ser desprovido de tudo, num dos miseráveis cantões do planeta, a sorrir com esperança!
Quero a loucura dos missionários que abandonam tudo no presente, certos de que levarão milhares a viver o futuro.
Quem quer o socialismo frio dos ateus?
Eu quero o socialismo dos crentes que, em meio à marcha dos trabalhadores e, diante do impasse do confronto com as forças do estabelecido, grita ao megafone: companheiros, avancemos! Deus está do nosso lado!
Da ciência não quero as equações, quero o grito de "Eureka!", onde o cálculo se mistura com a revelação.
Da matemática quero a música, a certeza de que há sons no universo, que não só nós podemos cantar, mas que há quem nos ouve.
Que ouviremos a grande e última trombeta, que reunirá toda a criação para o canto da redenção.
Eu não quero capitalismo nenhum, mas prefiro o dos seres humanos que acreditavam que o trabalho é um culto ao Criador e que o seu produto tinha de gerar um mercado a serviço do bem.
Quem quer o capitalismo consumista dos ateus, que reduz a vida ao aqui e agora, e transforma todos em desesperados que, pensando que não sobrará para eles, correm para acumular para o nada?
Os ateus dizem que evoluímos, mas que não vamos para lugar nenhum; que a ciência pode tudo; que verdade é a palavra dos vencedores; que os mais fortes sobreviverão, e que é o direito natural deles.
Não! Mil vezes não!
Quero o mundo onde os fracos tenham direito ao Reino; onde os mansos herdarão a terra; onde os que choram serão consolados; onde os que têm fome e sede de justiça serão fartos; onde os que crêem na justiça estejam prontos a morrer por ela; onde os mortos ressuscitarão.
Quem quer um mundo explicado, onde tudo é virtude ou falha de um neuro-transmissor qualquer?
Quero um mundo onde a fé, o amor e a paixão curem, mudem histórias e construam caminhos! Onde os artistas tenham o que registrar!
Um mundo onde o sol nasça e se ponha, onde as estrelas, polvilhando o infinito, apontem um caminho, falem da esperança de uma grande e decisiva família, e que qualquer ser humano ao ver isso, não se envergonhe de falar: maravilha! Um Deus fez isto!
Mas não quero a teologia técnica...
Quero o Deus apaixonado dos cristãos, que abandona sua Glória e se faz gente, trazendo a divindade para a humanidade e, ressuscitado, ao voltar, leva a humanidade para a divindade!
Quero o Deus inquieto de Israel, o pai dos judeus, com quem é possível lutar.
Quero do Deus que se permite ser detido por um Jacó.
Quero o Deus chorão de Jesus de Nazaré, que mesmo a gente tendo brigado com Ele, nunca conseguiu brigar conosco.
O Deus Pai, Mãe e Filho que repartiu conosco o privilégio de ser!
Quero o mundo do medo do desconhecido, e do maravilhar-se com o desconhecido: o mundo do encanto.
Como disse o pai da filosofia moderna, o que se descobre ser ao pensar, precisa de um mundo para aterrissar, precisa que haja alguém que faça pensar valer a pena, alguém que, ao fim, é da onde se pensa, e se ele não existe, então nada existe, porque o que pensa não tem como pensar a partir de si.
Quero o mundo que ri da finitude; que desdenha das limitações; que resiste ao sofrimento; que olha para o infinito sabendo que nossa existência não é determinada pela morte ou por nossas impossibilidades; que não somos frutos de um acidente.
Quero mundo que se sustenta na fé de que ressuscitaremos, de que brilharemos como o sol ao meio dia; de que vale a pena lutar pelo bem; de que vale a pena existir!
"
Ariovaldo Ramos